sexta-feira, 6 de junho de 2014

6 Hereges que Deveriam ser Banidos do Evangelicalismo: Alguns líderes da igreja que foram longe demais...

Este texto é uma tradução livre do artigo 6 Heretics Who Should Be Banned From Evangelicalism. O texto não está isento de erros de tradução. Caso os encontre, me avise para correção.


O que significa ser "evangélico"?

Em quê você deve crer?

O que você deve rejeitar?

Você pode ser um cristão e acreditar...

... na evolução?

... que o Inferno é simplesmente temporário?

... que as pessoas de outras religiões podem ser salvas mesmo sem saber?

... que a expiação não está relacionada com a ira de Deus sendo derramada sobre Jesus em nosso lugar?

... que as Escrituras contém erros?

Muitos evangélicos diriam "não" à maioria - talvez todas - estas questões. É por isso que, na tentativa de proteger o nome do evangelicalismo, alguns líderes proeminentes dentro do evangelicalismo tem tomado para si a responsabilidade de denunciar publicamente aqueles que descordam de questões como estas.

Para deixar clara, não há problema com a denúncia pública de ideologias (isto é, afinal, o que este artigo está fazendo neste momento). É necessário, algumas vezes, denunciar publicamente alguns falsos mestres. No entanto, deve-se considerar se eles estão promovendo um evangelho distinto, antes de denunciar com ousadia.

Mas não estamos falando sobre denunciar ideias ou expor falsos mestres reais. Estamos falando sobre cismas sem necessidade alguma e inconsistentes, orgulho exclusivista.

Guardeões do evangelicalismo auto-nomeados rasgam o que poderia ser um nobre e diversificado movimento do Espírito. Estes guardiões encarregam-se a si mesmos de pronunciar que está "dentro" e quem está "fora" da ortodoxia cristã.

Pelos padrões destes guardiões, a definição de "evangélico" está se tornando cada vez mais estreito, tanto que pouquíssimos se encaixam dentro das definições.

Então, se queremos ser consistentes, é hora de eliminar todas as heresias -- especialmente aquelas que tem maior influência -- não somente Rob Bell, Rachel Held Evans ou a Visão Mundial.
Vamos começar com estes 6:
1. C.S. Lewis: Culpado de Inclusivismo e Rejeição da Teoria da Expiação Penal Substitutiva

Talvez o mais celebrado escritor cristão do século passado, C.S. Lewis é respeitado pela maioria dos cristãos, não interessa em qual canto da teologia eles ocupem. E isto é o que me confunde. Lewis não é um evangélico pelos padrões dos porta-vozes evangélicos modernos. A obra-prima ficcional de sete volumes, As Crônicas de Nárnia, revelam sua crença de que é possível para uma pessoa de outra religião herdar o Reino de Deus sem conhecê-lo.
Lewis também rejeitou a teoria da Substituição Penal da Expiação, que afirma que Cristo "desviou" a ira de Deus de nós e tomou-a para si. Ao contrário, na parte três das Crônicas, Lewis descreve que o que é conhecido como a visão "Christus Vicotr" da expiação, o qual afirma que a cruz não é uma imagem da ira de Deus contra nós, desviada em seu Filho, mas era a derrota do mal através de uma ato de amor altruísta. (Aqui está um vídeo de Greg Boyd dando uma boa descrição desta visão usando o imaginário de Lewis.)

2. Martinho Lutero: Culpado por Rejeitar a Inerrância Bíblica

Onde estaria o evangelicalismo sem Lutero? Ele é o pai da reforma, e o campeão da Sola Scriptura.
Mas para o desalento de cada Calvinista, eu temo que possa ser o portador de más notícias de que Lutero aparentemente não acreditava que a Bíblia era completamente inspirada, verdadeira e confiável.
Falando de  imprecisões nos livros das Crônicas, ele afirma: "Quando se lê que um grande número de pessoas foram mortas, por exemplo, oitenta mil, acredito que dificilmente mil foram realmente mortas".

3. Santo Agostinho: Culpado de Rejeitar a Leitura Literal da História da Criação

Em sua obra "O Sentido Literal de Gênesis", Agostinho (para ser honesto) pensou  que cristãos que consideravam a história da Criação literalmente foram motivo de zombaria e pareciam idiotas entre os não-cristãos porque negavam a ciência e a razão. Este é Agostinho, aquele para o qual damos crédito pelas doutrinas do pecado original e o Inferno como um tormento eterno e consciente (centrais na teologia reformada).

Aqui está a afirmação:

Não raramente ocorre que algo sobre a Terra .. se torne conhecido com grande certeza pela razão ou pela experiência, mesmo por alguém que não seja cristão. É muito vergonhoso e desastroso, e porém, muito digno de ser evitado que ele (o não cristão) venha ouvir um cristão dizendo de forma tão imbecil sobre estes assuntos, e como se de acordo com escritos cristãos, de tal forma que ele possa dizer que mal pode conter o riso quando ele viu o quão completamente em erro eles estão. Em vista disto e tendo em mente constantemente enquanto tratando do livro de Gênesis, eu tenho explicado, na medida do possível, explicar em detalhes e tomado para consideração o significado de passagens obscuras, tendo cuidado de não afirmar precipitadamente algum significado de forma a prejudicar outro significado ou talvez uma melhor explicação.
Poucos são os púlpitos que o aceitariam nas igrejas conservadoras de nossos dias.


4. William Barclay: Culpado de Universalismo

Os pequenos comentários azuis de William Barclay estão nas prateleiras de muitos pastores. Assim, é estranho que Rob Bell tenha sido tão enfaticamente rejeitado por defender essencialmente a mesma crença que este célebre teólogo.

Barclay escreveu: "Sou um universalista convicto. Eu creio que no fim todos os homens serão reunidos no amor de Deus... a escolha é se aceitamos a oferta e convite de Deus de bom grado, ou se tomamos o mais longo e terrível caminho através de anos de purificação.

Nesta obra, Barclay também listou os pais da igreja primitiva, Orígines e Gregório de Nissa, como dois cristãos universalistas.

5. John Stott: Acusado de Aniquilacionismo

John Stott é um dos maiores pensadores evangélicos da última geração.  Stott rejeitou a visão de que o inferno é um tormento eterno e consciente dos ímpios e sugeriu, ao contrário, que aqueles que não tiveram arrependimento deixariam de existir após suportar a pena por seus pecados.
Ele escreveu: "Eu acredito que a aniquilação final do ímpio deveria ao menos ser aceito como legítimo, bíblicamente embasada como alternativa ao tormento eterno e consciente".

6. Billy Graham: Culpado de Inclusivismo

Billy Graham é, talvez, o exemplo da identidade evangélica.

Ou, achávamos que era...

Como C.S. Lewis, Graham acredita que aqueles que não ouviram sobre Cristo podem, de fato, serem salvos sem uma confissão explícita de que Ele é Senhor.

Em uma entrevista em 1997 com Robert Schuller, Graham disse:

"[Deus] está chamando pessoas para fora do mundo por Seu Nome, se elas vêm do mundo Muçulmano, do mundo Budista ou do mundo Cristão, ou do mundo de não-crentes, eles são membros do Corpo de Cristo porque eles foram chamados por Deus. Eles podem não saber o nome de Jesus, mas eles sabem em seus corações que precisam de algo que eles não tem, e eles se voltam para a única luz que eles têm, e pensam que estão salvos e estarão conosco no céu".

Há vários outros exemplos: o lobby de George Whitefield pela escravidão, o ódio não velado de Martinho Lutero pelos Judeus, a aprovação de Calvino pela queima de hereges na fogueira, etc.

Agora, espera-se que você ache ridículo rejeitar estas pessoas grandes e piedosas. Este é o motivo pelo qual é incrível pra mim o que ignoramos a fim de protegermos-nos da verdade. Precisamos de nossos "herois da fé" para sermos perfeitos em teologia e conduta, então ignoramos e justificamos as partes que não gostamos.

Todos fazemos isto.

Então, talvez seja hora de estender um pouco mais de bondade pelos evolucionistas, pelos que rejeitam a inerrância, para aqueles que leem a Bíblia literalmente quando ela diz que Deus irá redimir todos os povos consigo, para os Rob Bells e para as Visões Mundiais.

E para aqueles de nós que estão do lado progressivo e moderado: talvez possamos achar isto em nós mesmo para virar a outra face e perdoar aqueles que desejam que desapareçamos. Então, quando encontrarmos alguém que nos aceite, com "heresias" e tudo mais, vamos abraçá-los e aprender com eles.

5 comentários:

  1. E, como sempre, Calvino é colocado ali num cantinho com a "singela" morte de hereges diante das outras crueldades que derivam de seu nome.

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  2. Concordo com algumas coisas, mas, é um erro grande distorcer a história sem levar em conta contextos.

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  3. HEREGE FALANDO DO SANTO AGOSTINHO SKSKKSKSKSKSS

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  4. Os hereges mesclam o amor de Deus e seus pensamentos distorcidos para que possam difundir um evangelho de destruição.

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  5. Por que o herege João Calvino não entrou nessa lista? Sem falar que era também um homicida.

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