sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Eu confesso... de novo...

O retorno do filho pródigo - Rembrandt (1669)
Para começar o blog, nada como retomar, em mais um fim de ano, uma das minhas confissões públicas de alguns anos atrás que sempre me trazem lembranças boas... 


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Confesso que hoje não foi o melhor dia da minha vida, e que mesmo assim ainda não foi o pior.
Confesso que espero demais as coisas acontecerem
E sim, eu deixo muito do que é importante pra depois
Confesso que queria estar em uma situação melhor, ter mais segurança nas coisas, mas que isso não quer dizer que não sei o que quero
Confesso que a minha fé é menor que um grão de mostarda, e nem por isso eu deixo de crer em Deus.
Confesso que não sou a melhor companhia, mas que eu me esforço pra valer pra tentar ser.
Confesso que não sou o melhor amigo, mas que luto por todos que amo, e que erro tentando acertar.
Confesso que meus dias tem se tornado difíceis
Ser adulto não é nada fácil, e tenho saudades da infância
Confesso que não tenho a família perfeita, e que não sou um filho perfeito.
Não tenho projetos de melhorar. Eu sou assim...
Confesso que não gosto de todos com quem convivo
Mas também não me deprimo quando alguém não gosta do meu jeito de ser
Confesso que minhas mãos não são perfeitas
Mas ainda assim o meu sustento vêm delas, e por isso elas jamais serão descartadas
Confesso que queria ter mais poder, mais autoridade, ser mais bonito
Mas confesso também que seria inútil ter tudo isso, uma vez que minha vida é curta demais pra desfrutar de todos os benefícios que isso me traria
Confesso o meu orgulho. Só isso...
Confesso que minhas virtudes são facilmente diluídas pelos meus defeitos
Sou eternamente grato àqueles que me amam mesmo depois de me conhecerem
Sinto por aqueles que não se deram a chance de fazer o mesmo
Aceito aqueles que tentaram, mas ainda assim não gostaram do que viram
Confesso que daria a minha vida por muitos que amo
E confesso que não acredito que fariam o mesmo por mim
Confesso que quando estou sozinho, me sinto triste
E nem por isso me deixo abalar. Amanhã é outro dia
Confesso que não me alimento direito, tanto material quanto espiritualmente
Não entendo como Deus ainda me usa na vida de algumas pessoas
Confesso que ainda estou me descobrindo
E não quero cobrar de mim mesmo uma maturidade acima do que o meu tempo de vida me proporcionou
Confesso que choro quando Deus fala comigo, e que vou chorar muito quando Ele voltar
Confesso que estarei aos seus pés, dizendo que com tudo o que pude ser
Eu tentei fazer o meu melhor, e que só pude porque Ele fez o melhor dEle antes
Confesso que no próximo ano vou tentar ser diferente, sem deixar de ser eu
Enfim, confesso que vou errar ainda, mas ainda assim, Deus, não desistirei de mim mesmo

3 comentários:

  1. Tb tenho tanto a confessar... Puxa vida! Texto q vale um momento de reflexão mesmo! Valeu, amigo por sua brilhante inspiração e coragem em postar... Já falou à minha vida!

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  2. Maravilhoso !! Valeu muito a pena ter lido. Eric, você é uma pessoa iluminada, continue sendo assim! :)

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  3. Muito bom, Eric! Reconhecendo quem somos é fundamental no nosso conhecimento Dele

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