Deus, o amor da sua vida, sua mãe com quem você não fala há duas semanas, (...) sua irmã de criação, (...) os parentes que choram a morte de um pai de família, a moça de quem você ainda não esqueceu como era o beijo, (...) a outra ponta de uma história recente que não deu certo e cujo convite (automático) para entrar numa rede social chegou inesperadamente hoje de manhã, a bibliotecária que te cobra um livro, a menina que você deixou para trás depois de quatro anos de namoro, (...) a garçonete para quem você nunca lembra de deixar uma gorjeta à altura da simpatia dela, (...) quem te olhou bem dentro do olho e disse um dia “não tem volta”, a única pessoa que realmente te faz falta hoje, (...) seu amigo que mal conversa contigo mas vem te contar que está dormindo no carro depois que brigou com a mulher, a mulher dele, (...) o único cara em que você confia para ler seus texto antes de publicá-los, (...) o bebê cujo pé você não consegue parar de beijar, (...) a moça da limpeza que finge que não vê você saindo do cinema chorando, (...) o garoto da camisa listrada, (...) qualquer pessoa que passar por aquela porta, qualquer um ou qualquer uma que disser eu te amo, qualquer imbecil que te chamar de imbecil, todas as pessoas que te admiram, todas as pessoas que você admira, sua avó em uma foto da adolescência, a mãe da Acsa Darfiny Garcia, o pai da Raquel Pina Botelho, (...), a Lorena Chaves, o namorado da sua irmã, os seus sobrinhos lindos e distantes, a sua cama naquele cantinho da casa onde todo mundo gosta de ficar, a esposa do seu pai, asua mãe, o filho que você ainda não teve e ainda não sabe como vai chamar. Todo mundo.
Se não for por amor, então por quê?
(adaptação do texto do Zeca Camargo, que me fez chorar demais ontem... valeu Deus, por usar, mais uma vez, uma voz estranha pra me mostrar tudo que eu tenho, e não mereço...)
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